Gás Natural: Produzir Menos para Pagar Menos

Era uma vez um país que só produzia petróleo. Muito petróleo. E porque vivia em guerra, necessitava de produzir cada vez mais petróleo. Nesse processo, o gás derivado do petróleo era queimado. Queimava-se por dia gás suficiente para sustentar as turbinas que asseguravam a produção de energia eléctrica para todo o país. Uma vez que essas “fogueiras” feitas pelas multinacionais e complacentemente consentidas pela petrolífera nacional (Sonangol) começaram a tornar-se incómodas – sobretudo devido ao protesto dos ambientalistas –, as mesmas multinacionais associaram-se à Sonangol para fazerem uma fábrica de LNG (Liquified Natural Gas – Gás Natural Liquefeito). Assim nasceu a Angola LNG, sociedade detida em 22,8% pela Sonangol, que é também co-líder do projecto. Os outros membros são as multinacionais do costume que operam no país: Chevron (EUA), a accionista maioritária com 36,4%; British Petroleum (GB); ENI (Itália) e Total (França). E foi assim que as multinacionais e a […]

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A Insustentável Situação de Isabel dos Santos na Sonangol

A dívida financeira da Sonangol soma e segue, e a posição de Isabel dos Santos como gestora competente é cada vez mais um fracasso absoluto. A Sonangol deve às operadoras petrolíferas mais de três biliões de dólares em cash calls, os pedidos de dinheiro mensais para os custos de operação dos blocos petrolíferos. Só à Total, a dívida ascende a mais de 600 milhões de dólares. Seguem-se a italiana ENI, com mais de 450 milhões de dólares, e a Chevron, com cerca de 400 milhões de dólares. Há duas semanas, a presidente do conselho de administração da Sonangol, Isabel dos Santos, disse à Reuters que a petrolífera nacional já reduziu as suas dívidas em três biliões de dólares, relacionados com os cash calls. Pagou apenas alguns referentes a 2016, mas deixou outros aumentar. Dizer o que se reduz sem dizer o que se aumenta não passa de mera criatividade. O […]

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Centenas de Milhões de Dólares Desaparecem no Centro Fantasma da Sonangol

As multinacionais petrolíferas contribuíram com mais de US$350 milhões, desde 2012, para um centro não existente da Sonangol, através de fundos de responsabilidade social, denunciou hoje a Global Witness.Segundo a Global Witness, a British Petroleum (BP) e a norte-americana Cobalt International Energy e seus parceiros doaram mais de US $175 milhões ao Centro de Investigação e Tecnologia da Sonangol (CITS). Até Janeiro de 2016, as mesmas empresas doarão os restantes US $175 milhões.Tanto a BP como a Cobalt declinaram responder a perguntas da Global Witness sobre a existência do referido centro. Todavia, a BP afirmou ter sido informada, pela Sonangol, de que “o CITS ainda está na fase de concepção”. A Sonangol, segundo a organização denunciante, nunca respondeu ao seu pedido de esclarecimentos sobre o centro.De acordo com a organização internacional, é dever do governo angolano revelar o destino dado a esses fundos. Todavia, tendo em conta a ausência de […]

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Vice-Presidente de Angola é Director na China-Sonangol

Manuel Vicente, o vice-presidente da República, continua a acumular funções de Estado com cargos privados no exterior do país. Documentos em posse de Maka Angola revelam que Manuel Vicente renovou a sua manutenção no cargo de director da empresa China Sonangol International Holding, baseada em Hong-Kong, a 6 de Setembro de 2012. Contas feitas, Manuel Vicente submeteu a sua confirmação, como director da empresa, seis dias após ter sido eleito vice-presidente da República. Nessa altura, Manuel Vicente exercia já um cargo governativo, como ministro de Estado para a Coordernação Económica, para o qual fora nomeado, por decreto presidencial, em Janeiro de 2012. A China Sonangol Internacional Holding (CSIH), criada em 2004, é uma empresa detida em 70 porcento pela Dayuan International Development Limited, cabendo à empresa angolana de petróleos Sonangol, a participação minoritária de 30 porcento. Por sua vez, a Dayuan tem como sócios nominais a New Bright International (NBI), […]

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