A Lição e as Lágrimas Amargas do Juiz Januário

Foi publicada uma exposição do juiz Januário Domingos, o mesmo que condenou os Revús, em que este se queixa de modo amargo de que teria sido “usado”, “humilhado” e constituído “bode expiatório” dos dislates do regime. Este costuma ser, de facto, o destino dos serventuários dos regimes em queda livre. O caso mais impressionante passou-se com Amin Abbas Hoveida. Hoveida foi um primeiro-ministro fiel do xá da Pérsia (imperador do Irão), conhecido pelo seu requinte francês, que o levava a usar uma orquídea na lapela do casaco, e que presidiu ao grande desenvolvimento do Irão da década de 1960. Anos mais tarde, a economia começou a desacelerar e a população, a ficar descontente com variados casos de corrupção. O xá, para apaziguar a revolta, demitiu Hoveida e nomeou-o ministro da Corte. Um cargo sem papel para desempenhar. Mas a pressão social manteve-se e os escândalos de corrupção sucediam-se. O xá […]

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Injustiça: Poder Judicial Mantém Activista Dago Na Prisão

Nestes últimos dias de libertações felizes, uma das grandes questões que se colocam é saber se a Justiça angolana se corrigiu por pressão de quimbandas, por influência de pressões internacionais ou se, pelo contrário, funciona segundo os critério próprios de um Estado de direito democrático. A situação em que se mantém Francisco Mapanza “Dago Nível Intelectual” levanta de facto muitas dúvidas. A 28 de Março de 2016, na leitura da sentença dos 15+2, o já famoso (e infausto) juiz Januário Domingos condenou de forma sumária Francisco Mapanza, que desde a primeira audiência ousou classificar o julgamento como uma palhaçada. O juiz aplicou-lhe uma pena de oito meses de prisão.  Por entre a agitação provocada pela detenção imediata e ilegal dos 17, o encarceramento simultâneo de Mapanza passou despercebido à opinião pública. No entanto, Francisco Mapanza é tão digno de atenção como os restantes presos políticos. Activista inocente como todos os […]

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Mais Erros Calamitosos do Juiz Januário Domingos Contra a Lei

Mais do que os processos mediáticos, a boa administração da justiça depende dos processos quotidianos, respeitantes a pessoas desconhecidas. O verdadeiro espelho da injustiça em Angola são justamente estes processos. Coube, mais uma vez, ao juiz Januário Domingos da 14ª Secção da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda , detentor de triste fama devido ao processo dos 15+2, protagonizar uma intervenção calamitosa num processo criminal. Joel Neves, um jovem de 18 anos, terá, em companhia de outros cinco indivíduos, participado no roubo de um telemóvel, perpetrado sob ameaça de uma faca de cozinha. Quatro deles encontram-se a monte. Adilson José Marques, de 19 anos, é outro dos detidos. Não se sabe sequer se foi Joel ou Adilson quem brandiu a faca de cozinha e que participação teve na acção criminosa. Portanto, desde logo, este caso está comprometido pela ausência de nexos causais adequados e individualização das culpas, […]

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