É Preciso Liderança em Angola

Gerações de angolanos sonharam com a independência. Uma vez conquistada, sonharam com a paz e a liberdade. Alcançada a paz, reforçou-se o sistema securitário e a militarização do espaço político, permitindo o combate à liberdade dos cidadãos. Esses mesmos cidadãos tiveram direito à ilusão do crescimento económico, que, contudo, foi assombrado pela pilhagem desenfreada e pela erradicação da moralidade no comando do país e no serviço público. Actualmente, o país está tomado pela desilusão popular generalizada. Pela primeira vez, sente-se, de forma clara, a falta de liderança política em Angola. Acima de tudo, a liderança manifesta-se em actos, com amor e entrega para a elevação do povo como um todo. A liderança procura remover os obstáculos que impedem o bem-estar e a felicidade do povo. No fundo, liderança refere-se a humanismo e empatia. Em linguagem política, é a liderança que se compromete com o fortalecimento da democracia e da cidadania. […]

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Angola Meu País, Uma Carta para Ti

Angola, meu país, tomo a liberdade de escrever-te directa e publicamente. Todos os dias, aumentam as fileiras de cidadãos que exercem a liberdade de expressão como um direito inalienável. Vivemos um período de transição e de expectativas goradas. A liberdade de expressão é o pilar para que os cidadãos, passada a euforia do barulho, se dediquem a produzir ideias conducentes a soluções para os milhentos problemas que afligem o nosso povo. Só assim poderão quebrar-se os anos forçados de crença e expectativa de que os partidos e os seus políticos resolvam tudo e façam tudo depender deles. Um povo esclarecido por boas ideias acerca do bem comum produz políticos que dependem da sua vontade. É assim que deve ser. É notória a existência de um ambiente de falta de autoridade e um sentimento público de desespero. Essa combinação pode ser assustadora. Depois de atravessarmos décadas de guerra, desgoverno e pilhagem, […]

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Escolas Suspensas para Garantir Afluência a Comício

O governo provincial do Bié suspendeu por três dias a realização das provas escolares do segundo trimestre, que deveriam ter iniciado a 31 de Julho. Segundo directores de escolas contactados pelo Maka Angola, esta medida teve como objectivo forçar os professores e os alunos (a partir dos 14 anos) dos nove municípios do Bié a participarem no comício de João Lourenço, que teve lugar ontem no Kuito, capital do Bié. “Militantes do MPLA, professores e alunos foram transportados em condições desumanas, em carrinhas de transporte de mercadorias e camiões da Casa de Segurança do Presidente da República, para o comício”, denunciou um alto responsável da educação do município de Nharea. “As provas decorreriam de 31 de Julho a 11 de Agosto, e depois os alunos teriam uma pausa de duas semanas. Somos obrigados a iniciar as provas a 3 de Agosto, tudo por causa da vinda de João Lourenço”, queixou-se […]

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