A Casa Militar do Presidente e os Raptos
Passam agora duas semanas desde o rapto de Alves Kamulingue, 30 anos, a 27 de Maio, quando circulava, ao meio-dia, na baixa de Luanda. Kamulingue dirigia-se a uma manifestação que deveria ter juntado antigos membros da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) e antigos combatentes, para a reclamação de pensões. A 29 de Maio, o seu companheiro Isaías Cassule, de 34 anos, um dos organizadores da manifestação, também foi raptado, ao anoitecer, no município do Cazenga. Isa Rodrigues, a esposa de Kamulingue, tem recebido chamadas anónimas a dar conta do suposto paradeiro dos desaparecidos algures numa unidade policial na periferia de Luanda. Esses rumores começaram a ser espalhados, entre jornalistas também, para contrapor outros que correm na internet, segundo os quais os raptados terão sido executados. Os números anónimos são, de seguida, desligados, para que as famílias se vejam impossibilitadas de ligar de volta e pedir mais explicações. De certo modo, […]
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