Desmobilizados Abortam Manifestação no Lubango

Mais de 500 desmobilizados das ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) concentraram-se hoje no Bairro João de Almeida, na cidade do Lubango, província da Huíla, para uma marcha de protesto em reclamação das pensões que lhes são devidas há 20 anos. O Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola (FIDEGA) é responsável pela iniciativa. Segundo o seu presidente, tenente-coronel Manuel Nunes, o FIDEGA decidiu cancelar a marcha, na hora, após ter transmitido aos seus filiados o conteúdo do encontro que manteve com o Comando da Região Militar Sul, no dia anterior. “No período da tarde de ontem, o tenente-general Tchiloya reuniu com a nossa direcção e garantiu-nos que, em Julho, a Comissão de Pagamentos estará no Lubango, proveniente de Luanda, para processar os pagamentos dos desmobilizados”, disse o tenente-coronel Manuel Nunes. O tenente-general Tchiloya é o segundo comandante do Comando Militar da Região Sul. “Por isso, para […]

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Mais Um Preso Entre o Movimento dos Militares

A Polícia Militar deteve ontem de manhã, 25 de Junho, o membro da Comissão de Reclamação de Sargentos e Soldados não-Demosbilizados das antigas FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola), José Fernandes de Barros, de 48 anos. Segundo o detido, com quem o Maka Angola falou, os membros da sua comissão foram chamados à Unidade da Polícia Militar no Grafanil, em Viana, para procederem ao levantamento de um subsídio único, para cada um, de 55,000 kwanzas (US $550). “Nós temos as guias para recebermos os 55,000 kwanzas. Quando entreguei a minha, disseram-me que eu já tinha sido contemplado. Um dos oficiais retirou-se para analisar o meu caso mas, afinal, era tudo uma fachada”, contou José Fernandes de Barros. “O oficial disse-me: ‘Estávamos à sua procura há já algum tempo, porque foi você quem organizou a manifestação.’ E levaram-me logo para o interrogatório”, acrescentou o detido. José Fernandes de Barros […]

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Desmobilizados Dispersos a Tiro

Centenas de desmobilizados realizaram na manhã de hoje uma manifestação de protesto, em Luanda, que causou pânico na cidade. Os antigos combatentes reclamam o pagamento das suas pensões, muitas das quais em atraso desde há vinte anos. Junto ao largo da Maianga, para onde convergiu o grupo, que tencionava marchar para o Palácio Presidencial, um forte aparato da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) e da Polícia Militar dispersou os manifestantes a cassetete e com recurso a gás lacrimogéneo. Vários ex-militares apedrejaram as autoridades. Perto de cinquenta viúvas de guerra juntaram-se também ao protesto, para exigir as pensões que lhes são devidas. Outro grupo marchou em direcção à Embaixada Americana, tendo sido repelido no largo do Cemitério do Alto das Cruzes, também com uso de gás lacrimogéneo e cassetetes. As autoridades recorreram ainda à cavalaria e à brigada canina, a canhões de água, entre outros meios de prevenção antimotim. Como medida […]

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