Adventistas: O Julgamento Bizarro sobre um Rapto Simulado

Prossegue, hoje, na 13.ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, no Kilamba Kiaxi, um julgamento bizarro, presidido pelo juiz António Francisco. Quatro pastores e dois leigos são acusados do rapto de um pastor da mesma igreja e de o terem caluniado e difamado. O caso expõe a indiscritível selvajaria que tomou conta do Serviço de Investigação Criminal, a banalização do sistema judicial e a forma inacreditável como se forjam provas e destroem vidas de cidadãos. Um dos réus, João Alfredo Dala, foi pessoalmente torturado – até o deixarem mutilado – por alguns dos principais chefes do SIC, durante 15 horas seguidas, para o obrigarem a repetir, em vídeo, uma confissão que lhe tinham preparado. Alguns dos agentes presentes fizeram uma reportagem fotográfica dos actos de tortura e venderam as fotos por dois milhões de kwanzas à própria vítima. O seu caso vem relatado na segunda parte desta […]

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Os Abusos do Cônsul da Primeira-Dama no Rio

CO cônsul-geral de Angola no Rio de Janeiro, Rosário Gustavo Ferreira de Ceita, de 53 anos, faz questão de recordar repetidamente aos seus funcionários, conforme denúncias destes, que é “primo da Palucha [a primeira-dama, Ana Paula dos Santos] e que, por esse facto, goza de impunidade para agir como bem entende. Essa impunidade serve nomeadamente para sustentar a sua poligamia, já que se reflecte na atribuição de apartamentos e salários consulares às suas três mulheres e três filhos, que não são, evidentemente, funcionários do Estado angolano. Reiteradas vezes, nas reuniões com os funcionários do consulado, Rosário de Ceita recorre à agressividade e aos palavrões, usando a sua relação familiar com a primeira-dama como garantia de impunidade para os seus actos excessivos. De acordo com fontes consulares, o representante da família presidencial tem especial predilecção pelos órgãos genitais masculinos, insistindo que “nenhum homem” os tenha “no lugar” e seja “capaz de […]

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Rafael Marques de Morais Constituído Arguido em Angola

O jornalista Rafael Marques de Morais foi hoje interrogado e constituído arguido pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado, da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), em Luanda, por suspeita de difamação. O Departamento de Combate ao Crime Organizado notificou formalmente o arguido apenas no acto de interrogatório, tendo disponibilizado um advogado oficioso, que o jornalista recusou. Rafael Marques de Morais não se fazia acompanhar de advogado porque desconhecia o teor da notificação, de que teve conhecimento apenas por via telefónica. Em Janeiro passado, três sócios e gestores da empresa ITM-Mining acusaram o jornalista de os ter difamado no livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola, editado e publicado em Setembro de 2011, em Portugal. Apresentaram a queixa, passado um ano e três meses, o moçambicano Renato Hermínio Teixeira, o britânico Andrew Paul Machin e um gestor angolano, Jorge Gonçalves. A ITM-Mining é a accionista responsável pelas operações […]

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