Maka Angola Esclarece o Ministério das Finanças

O Maka Angola tomou boa nota da resposta do Ministério das Finanças ao artigo “Funcionários Preferem Calar-se à Denúncia de Risco de Vida”, publicado a 23 de Janeiro último, que nos foi encaminhada a 8 de Fevereiro.

Primeiro: passaram duas semanas desde que o artigo foi publicado. Por que motivo o Ministério demorou tanto tempo a responder — terá andado a investigar?

Sobre o ponto 2, cabe ao Maka Angola esclarecer que, da sua parte, não houve interrupção da prática de contactar a instituição para o contraditório. Na verdade, não obtivemos quaisquer respostas do Gabinete de Comunicação Institucional do Ministério das Finanças a pedidos anteriores. O  não pode recusar-se sistematicamente a prestar declarações e depois queixar-se por não ser consultado.

Sobre o “risco de vida para os funcionários”, importa esclarecer que as fontes do Maka Angola trabalham todos os dias no Edifício Goya (situado na rua Major Marcelino Dias, no Bairro Maculusso), onde funciona Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes. Esses funcionários conhecem bem o estado do edifício e temem pelas suas vidas. Também as suas vozes são fonte de contraditório. Por outro lado, tendo em conta que foram evacuados os dez andares do edifício, ora desocupados (a Repartição Fiscal apenas ocupa uma parte do rés-do-chão), é difícil acreditar que não exista qualquer risco de vida.

Como se especificou no artigo de 23 de Janeiro, o Ministério da Hotelaria e Turismo abandonou o edifício depois do incêndio ocorrido há um ano, porque desconfiava da fiabilidade da estrutura do edifício. Na altura, a imprensa descreveu o edifício — inaugurado dois anos antes — “como mais uma obra com falhas de engenharia, como a falta de saídas de emergência”. Desafiamos o Ministério das Finanças a tornar público o relatório da auditoria técnica sobre o estado actual da estrutura do Edifício Goya. Perante esse relatório, onde estará a leviandade do Maka Angola?

Entretanto, o Maka Angola sabe que o ministro das Finanças Archer Mangueira recomendou a aceleração das obras de benfeitoria do antigo edifício da extinta Caixa Agropecuária para, a partir de Agosto ou Setembro, albergar os funcionários da Repartição Fiscal dos Grande Contribuintes. Assim se resolvem os problemas. O resto é conversa.

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