Violência Política em Benguela

Por Nelson Sul D’Angola: A intolerância política na província de Benguela forçou, na noite passada, o abandono precipitado de sete famílias conotadas com a UNITA. Um total de 31 pessoas partiu da comuna da Capupa para a sede do  município do Cubal, onde chegaram ao fim da manhã. Segundo Paulo Kananga, militante da UNITA, que teve de abandonar às pressas a sua residência, juntamente com a esposa e os três filhos, “o secretário do MPLA na povoação de Cambulo, Deolindo Dumbo, foi à minha casa, armado com zagaia e flechas, enquanto o Sr. Filipe César, do comité local do MPLA, foi de catana na mão, para expulsar-nos da área”. “Eles foram à minha casa para ameaçar-me de morte, de que as flechas serviriam para mim e a minha família, se continuássemos na área”, explicou Paulo Kananga ao Maka Angola. Os militantes do MPLA visitaram, com a mesma estratégia e armados, […]

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Mortes em Confrontos entre Militantes da UNITA e do MPLA

Por António Capalandanda e Rafael Marques de Morais: Nos últimos meses, a violência política entre militantes do MPLA e da UNITA tem aumentado de forma preocupante nas províncias do Huambo e de Benguela, duas praças eleitorais de extremo simbolismo político para as duas maiores forças políticas nacionais. A escassa cobertura mediática e a falta de diálogo, ao nível da sociedade, sobre a crescente tensão, prenuncia um clima de maior desconfiança entre os cidadãos e de medo face às eleições de 31 de Agosto e ao que se lhes seguirá. Maka Angola traz a lume alguns dos mais recentes incidentes, para que a sociedade possa estar mais bem informada sobre os focos de tensão existentes e saiba que tanto os militantes do MPLA como da UNITA, em particular as suas lideranças, têm responsabilidades acrescidas no fomento da estabilidade política e na manutenção da paz. A província do Huambo registou três incidentes […]

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O Jogo Eleitoral em Angola

De acordo com a comunicação feita hoje pelo Conselho da República, as eleições em Angola terão lugar a 31 de Agosto deste ano. Durante a última semana, as preparações para o processo eleitoral sofreram vários ziguezagues notáveis. Estes podem assinalar um novo capítulo no processo de democratização do país ou um mecanismo mais complexo de fraude eleitoral. A 15 de Maio, o Ministério da Administração do Território (MAT) entregou formalmente o Ficheiro Central Informático do Registo Eleitoral (FICRE) à Comissão Nacional Eleitoral (CNE). O registo eleitoral contém informação sobre mais de 9.7 milhões de eleitores. De acordo com a lei, a CNE tem a responsabilidade de registar os eleitores, mas o MPLA, há perto de 37 anos no poder, contornou a Constituição e as leis eleitorais, tendo permitido ao MAT a condução do registo eleitoral sem qualquer escrutínio público. Normalment,e o MAT está sob a alçada de um membro do […]

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