SOS: Situação Crítica dos Estudantes Bolseiros do INAGBE na Polónia

Já nos tempos em que António Burity da Silva era ministro da Educação, os bolseiros angolanos passavam fome nos países de destino, por não receberem as bolsas. Nunca se percebeu por que razão o dinheiro não chegava ao seu destino. Na época, o Tribunal de Contas apenas condenou o ex-director do INABE (Instituto Nacional de Bolsas de Estaudos), Domingos Ebo, o ex-chefe da contabilidade, Domingos Joaquim António, e Aníbal Candeeiro, ex-primeiro oficial da instituição, a devolverem dinheiro por terem criado falsos bolseiros. Passaram-se catorze anos, e os problemas nas bolsas continuam… Publicamos hoje uma carta que os estudantes bolseiros do INAGBE (Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo) na Polónia dirigiram à directora-geral da instituição, e que já mereceu alguma divulgação pública. A situação que os estudantes descrevem é degradante e, infelizmente, verifica-se também noutros países além da Polónia, como a Roménia ou Rússia. Também daqui têm chegado queixas […]

Read more

Pinda Sem Mão na Educação

Pinda Simão é ministro da Educação desde 2010, altura em que o nefasto Burity da Silva saiu do posto que ocupou durante uma eternidade, com a falta de resultados que se conhece. Não vale a pena falar das escolas primárias ocupadas por pocilgas dos funcionários superiores da Educação, nem dos estudantes angolanos no estrangeiro que passavam fome porque o ministro, alegadamente, se apropriava do dinheiro das suas bolsas. Basta lembrar as reacções de vários estudantes quando Domingos Bernardo Ebo, antigo director do INAGBE (Instituto de Gestão de Bolsas de Estudo), foi condenado pelo Tribunal de Contas a devolver aos cofres do Estado a quantia de US $3.5 milhões por danos causados no período de gerência 2000/02. Estes foram os escândalos típicos de Burity. Com Pinda esperava-se um novo alento. Seis anos volvidos, talvez não existam escândalos de grande corrupção, excepto aquele em que Pinda Simão confrontou o ex-sócio Burity da […]

Read more

A Universidade Independente e a Licenciatura em Corrupção

Raros são os países considerados em vias de desenvolvimento que, no espaço de uma década, criam mais de vinte universidades, entre públicas e privadas. Só em 2009, por decreto presidencial, o governo criou seis novas universidades públicas. Angola é um dos países onde a massificação do ensino superior é extraordinária. Desde a fundação da Universidade Católica, em 2001, como a primeira instituição de ensino superior privado em Angola, o governo reconheceu outras quinze universidades privadas. O presente texto não pretende abordar a qualidade e a regulamentação do ensino superior no país e, por conseguinte, da educação no seu todo. Opta, sim, por desmistificar alguns dos procedimentos políticos e comerciais, assim como os conflitos de interesse que facilitam a proliferação de universidades, à luz da legislação em vigor. Como primeiro caso de estudo, Maka Angola apresenta os resultados do seu trabalho de investigação sobre a Universidade Independente de Angola (UnIA), fundada […]

Read more