Chamavam-me de Maluco!

Chamavam-me de maluco! Também me apelidaram de “frustrado”, “antipatriota”, “agente da CIA”, “vendido” e “traidor”. Suportei uma longa e espinhosa perseguição política e incontáveis cenas com a polícia. Tive de enfrentar campanhas de difamação, privações económicas e isolamento social. Fui levado a julgamento por ter denunciado a corrupção e as violações dos direitos humanos perpetradas por eles. Mas quem são “eles”? Eles são os membros do regime de José Eduardo dos Santos (JES): os indivíduos que usufruíram e foram cúmplices do regime de JES. São eles que personificam a corrupção institucionalizada, a captura do Estado, a repressão e o medo que prevaleceram em Angola ao longo dos 38 anos em que Dos Santos se manteve no poder. Em Setembro de 2017, João Lourenço – o homem que JES escolheu para lhe suceder – foi eleito presidente, e decidiu que a podridão era demais, sendo imperioso acabar com a corrupção generalizada. […]

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They called me crazy!

They called me crazy! They also branded me “frustrated”, “anti-patriotic”, “a CIA agent”, “a sell-out”, and “a traitor”. I endured endless political harassment and countless run-ins with the police. I had to cope with smear campaigns, economic deprivation and social isolation. I was put on trial for exposing their human rights abuse and corruption. Who are “they”?  “They” are the members of the Dos Santos Administration:  the individuals who were the beneficiaries of, and accomplices in, then-President José Eduardo dos Santos’s regime.  They’re the ones who embodied the institutionalized corruption and the state capture of the economy, the repression and the fear that pervaded Angola during the 38 years Dos Santos held power. Then in September 2017, Dos Santos’s chosen successor João Lourenço was elected President and decided that the stench of corruption was too much to bear. The result is that a number of high-profile and high-ranking malcreants within […]

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