A “Magia” do Regime na Defesa do PGR
Era uma vez um procurador-geral da República (PGR), general de três estrelas, que tinha um terreno escondido no Kwanza-Sul. Tinha-o obtido através de um contrato de concessão do Estado, a um preço irrisório, para desenvolver atividades de enriquecimento pessoal, naturalmente incompatíveis com as suas funções públicas de alto-representante do Estado. Quando foi descoberto e divulgado o esquema através do qual o procurador obteve o terreno, surgiram em cena os mágicos do regime, para fazer desaparecer a titularidade do terreno e provar que, afinal, o procurador não tinha nenhum terreno, devendo por isso apresentar queixa contra tamanha “falsidade”.
Mas as populações locais também lêem e sabem o que se passa. Elas são as testemunhas que impedem os mágicos do regime de usar a varinha que tudo transforma consoante os seus caprichos. Elas seguem atentamente todos os movimentos securitários e outros, e podem provar que a queixa contra o procurador tem sentido.
Alguns populares decidiram mesmo reivindicar o que acham que lhes foi retirado de forma abusiva, e por isso utilizaram o referido terreno para plantar milho nos hectares ainda não ocupados.
Para acabar com todas as dúvidas e confusões sobre o terreno que o PGR adquiriu no Kwanza-Sul para construção de um condomínio privado, publicamos aqui o Título e Contrato de Concessão de Terreno assinado pelo general João Maria Moreira de Sousa, o PGR. Omitimos, com um borrão, o número do seu Bilhete de Identidade e endereço residencial. Depois, confrontaremos as entidades que procuram a todo o custo adulterar os registos oficiais.