General Nunda e as Trapalhices do PGR
Quando, em Dezembro passado, João Lourenço nomeou o general Hélder Pitta Grós para procurador-geral da República, as opiniões abalizadas dividiram-se sobre a militarização contínua da referida instituição judicial. Depois de dez anos sob a bota truculenta do general João Maria de Sousa, esperava-se que, finalmente, a PGR tivesse um jurista à altura para reformar a instituição e zelar pela legalidade. Passados três meses em funções, o general Hélder Pitta Grós criou uma trapalhice que gerou a maior onda de protestos no seio das Forças Armadas Angolanas (FAA). Primeiro, ultrapassando largamente as suas competências, foi pessoalmente ao gabinete do chefe do Estado-Maior General, general Geraldo Sachipengo Nunda, para lhe pedir que se demitisse, uma vez que pretendia envolvê-lo no processo judicial da famigerada burla dos 50 mil milhões de dólares. Depois, a Procuradoria-Geral da República anunciou que o general Nunda fora constituído arguido, incluindo por crimes de associação de malfeitores e […]
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