Cafunfo é Palco de Encontro sobre Cidadania e Segurança Pública

Tem início na próxima terça-feira, 9 de Março, no Auditório 4 de Abril, em Cafunfo, Lunda-Norte, um encontro de dois dias organizado pelo Centro de Estudos UFOLO para a Boa Governação e o Comando-Geral da Polícia Nacional, para debater a questão da Cidadania e Segurança Pública naquela região do Leste do país, onde recentemente a polícia defrontou centenas de manifestantes, causando vários mortos e feridos.
O objectivo principal do encontro é criar uma plataforma de diálogo e bom senso para debater as tensões exacerbadas pelos acontecimentos do dia 30 de Janeiro em Cafunfo, em linha com o lema da UNESCO: “Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz.”
Dentro desse espírito, o encontro visa reunir informações que permitam realizar um relatório independente e elucidativo sobre os trágicos acontecimentos que ocorreram em Cafunfo no final de Janeiro. O relatório permitirá esclarecer a verdade dos factos e enunciar várias recomendações que contribuam para evitar a repetição destes funestos eventos e a perda de vidas humanas.
O encontro organiza-se em quatro painéis:
Painel 1 – Estatuto Político-Administrativo de Cafunfo
Painel 2 – Protecção do Direito à Vida e Garantia da Integridade das Instituições de Soberania.
Painel 3 – Situação Socioeconómica na Região Diamantífera das Lundas.
Painel 4 – Cafunfo, Violência e Continuidades
Para além de Ernesto Muangala, governador da Lunda-Norte, que procederá à abertura do encontro, e de Guilherme Cango, administrador municipal do Cuango, o encontro conta com intervenções especializadas de: Cremildo Paca, jurista e professor universitário; pastor Teixeira Vinte, secretário-executivo da União Nordeste da Igreja Adventista do Sétimo Dia; subcomissário António Pinduka Melo Marques, director-adjunto da Escola Prática de Polícia; Lúcia Silveira, defensora dos Direitos Humanos; Yuri Quixina, economista e professor universitário; Osvaldo Van-Dúnem, administrador da Endiama; Hélder Carlos, presidente do Conselho de Gerência da Sociedade Mineira do Cuango; Rafael Morais, do Centro Ufolo; superintendente Cláudio Tchivela, chefe do Departamento de Policiamento e Ordem Pública do Comando-Geral da Polícia Nacional.
Mwatchissengue wa Tembo, a mais alta autoridade tradicional das Lundas, também terá uma participação destacada. No encontro serão ouvidos depoimentos de líderes religiosos locais, participantes e testemunhas da ocorrência e familiares das vítimas. O encerramento ocorre no dia 10 de Março, presidido por Ana Celeste Januário, secretária de Estado para os Direitos Humanos.
Porque a Cultura é um elemento propalador da paz, o grupo local Sassa Tchokwé, MCK e a humorista Renata Torres darão um ar da sua graça no evento.
De lembrar que o Centro de Estudos UFOLO para a Boa Governação e o Comando-Geral da Polícia Nacional promovem, em todo o país, as “Jornadas sobre Cidadania e Segurança Pública: Conflitos de direitos fundamentais no Estado de direito contemporâneo”, tendo como eixos a Constituição da República de Angola e a necessidade de criar um clima adequado ao investimento, de modo que todos possam viver em prosperidade.
Iniciadas em Novembro passado, nas províncias de Huíla e Benguela, as jornadas retomam o seu curso em Março, com encontros nas localidades de Cafunfo, Lucapa e Nzagi, na província da Lunda-Norte, e em Saurimo, na Lunda-Sul. Em Abril, as jornadas prosseguirão em Malanje e Kwanza-Norte.
O trabalho do Maka Angola junto ao governo, o qual sempre agride e agrediu o povo toda vez que este este tentou abrir a boca para reclamar a fome, é comunicar-lhe que o povo angolano não é seu inimigo?
Triste. O povo angolano só quer justiça e paz, mas não espere isso de quem está a quase 50 anos no poder e nada fez!
Os mortos de Cafunfo nada são perto dos milhões que morreram de fome e sem esperança durante os quase 50 anos de reinado do MPLA. Não se iluda, um crocodilo jamais será vegetariano, e o Maka Angola parece ter se unido aos que devoram a carne do povo angolano.
Rafael Marques é muito triste ver no que se tornaste, porta voz de um governo que mata os seus próprios filhos, por reclamar os seus próprios direitos, o Comandante, geral da policia disse não havia nada pra inquerir, o Ministro do Interior agradeceu os policias assassinos, e ainda prometeu homénagealos,o Maka Angola nem sequer comento os factos acontecido no fatídico dia 30 de Janeiro, nem mungiu nem tossiu, agora que o Presidente da República venho no seu discurso no Conselho de Ministro falar da situação, apareçe o Sr Rafael Marque,a Organizar um encontro de dois dias na vila de Cafunfu,meu senhor tenha vergonha na cara, essas pessoas que você hoje defende um dia já lé levaro a julgamento quando o senhor escreveu o livro Diamantes de Sangue, será que tú,mudaste assim tanto em tão pouco tempo, onde estão os teus princípios que tu defendias, és o sinonimo de Judas na Terra.
Acompanho e sempre leio os artigos, do Maka Angola acredito que esta nova abordagem de encarar os problemas do Pais, é a mais viavel e mais promissora mas do que criticar criticar no fim das contas. Todos nós ficamos manchados e nossa credibilidade individual também é posta em causa, reparem o exemplo dos cidadãos colombianos quando se identificam em outras partes do mundo são logo conotados com a droga.
Mesmo não tendo qualquer contacto com o narcotráfico, A Revolução Francesa levou anos para mostrar os valores da Liberdade, igualdade, Fraternidade, senão fosse a perseverança e continuar acreditar no pais se calhar não existiria uma frança tal como a conhecemos.
Angola esta experimentar uma nova fase, se for bem aproveitada podemos ter um pais de futuro, agora se por cima dos erros que se comete, acrescentar apenas criticas não construtivas não vamos a lado nenhum, e acabaremos um dia todos no estrangeiro.
Em face disso reitero o presidente João Lourenço, mesmo sendo do MPLA se for bem apoiado Angola pode conhecer bons resultados, não critiquemos apenas vamos apresentar soluções conforme esta fazer o Rafael Marques.
Meus Senhores! Acredito que não concordarão comigo mas, o que tenho a dizer – e posso até estar errado, pois, análise é análise, baseia-se no facto the que os nossos actos e as nossas palavras são a expressão da nossa consciência, ou seja qualquer ser humano maduro, mentalmente são, e com uma formação moral e cívica comuns não fala ou age sem primeiro examinar a sua consciência. O que acabei de dizer pode também, muito bem, estar errado porque outrossim sabemos que os fins justificam os meios, ou seja, há gente que faz bom uso da sua lábia farta para enganar e enredar a donzela! – é o seguinte:
Não conheço o sr. Marques Morais pessoalmente mas, ao longo dos anos tenho seguido o seu esforço na luta pelos direitos humanos, através dos jornais. Lembro-me ainda de quando foi preso por conta das críticas ao regime do sr. Dos Santos/MPLA-Partido do Trabalho. O sr. Marques já deu provas do seu caracter, da sua integridade moral, etc.. Ao criar o centro UFOLO, penso eu, deu outro exemplo de liderança, e precistência na luta contra o regime e pelos direitos humanos, arranjou uma plataforma, uma arma nova – a diplomacia. A diplomacia e o debate são uma arma tão eficaz como as demonstrações nas ruas. Infelizmente, muita gente no debate acima e muito boa gente pelo país afora ainda não percebeu isso. Essa gente, perdoem-me a dureza, é para mim um tanto covarde pois quer fazer do sr. Marques o testa-de-ferro no arremeço das suas e nossas frustações, que até são justas, contra o regime. Essa mesma gente, que penso ser covarde, não mexe uma palhinha que seja no sentido de contribuir para a melhoria das condições de vida dos cidadãos; essa gente prefer ficar quietinha à sombra(atrás dos computadores, smartphones e tablets) enquanto pessoas como o sr. Marques se degladeiam com o regime. Não acho que o sr. Marques se tenha deixado comprar pelo vil metal! Penso antes que ele terá evoluido. Ao ter organizado um encontro desses conseguiu pôr frente à frente as diversas partes involvidas no conflito de Cafunfo. Esse debate irá certamente desmascarar o regime. Osr. Marques está a agir bem…está a cumprir o seu papel de cidadão, usando a diplomacia e o diálogo em forum público e abrangente para mais uma vez contrinuir para a garantia dos direitos humanos. Cada um de nós tem de fazer a sua parte ao invés de andarmos à espera de um messias para nos salvar do regime/MPLA-Partido doTrabalho. Saiamos à rua e reclamemos pelos nossos direitos. O sr. Marques, sózinho, não pode resolver nada…é pela união de todos nós, pela união dos vários métodos e modus operandis que conseguiremos encostar o regime/MPLA’Partido do Trabalho à parede. Agostinho Neto disse, e bem dito: “Nós somos milhões, contra milhões ninguém combate e quem tentar será vencido.”. Meus senhores, o regime/MPLA-Partido do Trabalho/Polícia Antí Motim não pode combater contra os milhões que nós, o povo esplorado de Angola somos! Mas o sr. Marques pode ser facilmente ignorado e isolado se continuar sózinho. O sr. Marques não é nenhum messias. O messias é o povo unido e participativo. Estamos a sofrer pela nossa própria covardia, pelo nosso medo em enfrentar nos debates públicos, nas demonstrações de rua, o regime/MPLA-Partido do Trabalho. Deixem o sr. Marques fazer o seu trabalho…está a sair-se bem. Na próxima manifestação deixemos a covardia de lado e saiamos todos como milhões que somos e fassamos o regime/MPLA-Partido do Trabalho tremer com a nossa vóz unida!