A Festa do “Insubstituível” General Zé Maria

Há dias, o general António José Maria “Zé Maria”, chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), submeteu os seus subordinados a cinco minutos de silêncio, pedindo-lhes que aguardassem a chegada do seu putativo substituto.

Em mais um dos seus intermináveis discursos, o general Zé Maria afirmou ironicamente que estava à espera de que o general João Lourenço, ora presidente da República, enviasse o general João Pereira Massano, ou o general Zé Grande, ou o general Apolinário Pereira, “ou mesmo o Rafael Marques” para o substituir.

Munido de bebidas, o general deu depois início à sua festa, para celebrar o facto de se manter no cargo.

Entretanto, prossegue com as suas palestras diárias, ocupando grande parte do tempo dos seus subordinados e agentes com divagações sobre a sua carreira militar, o país e os seus inimigos.

Quando perguntou aos funcionários se usavam as redes sociais e a maioria respondeu que sim, acusou-os de serem os traidores da pátria, por denunciarem as suas acções “ao Rafael Marques”.

Sempre criativo, o general respondia assim ao texto publicado pelo Maka Angola sobre a sua choradeira depois de ter assistido à tomada de posse de João Lourenço e à saída de José Eduardo dos Santos do Palácio Presidencial. Nesse artigo, anunciámos que o nome do general consta da lista submetida a João Lourenço para a passagem à reforma de alguns generais, por limite de idade. O general Zé Maria tem 74 anos.

Por ora, o extraordinário general Zé Maria continua a demonstrar o que sempre tem dito: só obedece a Jesus Cristo e a José Eduardo dos Santos. Afinal, o general João Lourenço não é o seu comandante-chefe.

 

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