O Cancelamento da Privatização da Sonangol

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Sebastião Martins, anunciou recentemente o cancelamento da privatização parcial da petrolífera estatal, na III Conferência Oil & Gas, que teve lugar em Luanda. De forma discreta, o referido gestor procurou “camuflar” a informação num conjunto de considerações técnicas. Sebastião Martins afirmou que só “após o cumprimento de um conjunto de metas entre 2023 e 2027, entre elas aumentar a produção nacional de petróleo e gás natural, é que a Sonangol vai dispersar 30% do seu capital via IPO”. Ora, 2027 é ano de eleições. Ninguém vai privatizar a Sonangol em ano de eleições. O tema é demasiado importante para entrar na refrega da campanha eleitoral. Portanto, realisticamente, a privatização só poderá ter lugar após as eleições, em 2028, e isso ninguém pode prometer neste momento. Assim sendo, na prática, a privatização da Sonangol acaba de ser cancelada. Além do mais, as […]

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Sonangol, malas noticias

A visita do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, a Angola é uma boa notícia e situa-se no desenvolvimento do eixo de aprofundamento das relações económicas com os países da Europa ocidental. As más notícias (malas noticias), porém, surgem de onde menos se esperava. Da boca do ministro de Estado angolano da Coordenação Económica, Manuel Júnior. Inopinadamente, o ministro afirmou que “a privatização parcial da empresa Sonangol (…) será feita mais tarde, após processo de saneamento financeiro e de reestruturação”. Esta notícia é catastrófica e dá o sinal errado aos mercados. Quando Angola necessita de investimento e capital externo, vem-se dizer que, por agora não, talvez mais tarde. Além disso, contradiz o que Sebastião Martins, CEO da Sonangol, tinha afirmado recentemente. Martins fora claro quando, em entrevista ao Diário de Notícias de Portugal, em Janeiro último, afirmara que o plano de reestruturação para a Sonangol cumpriria os objectivos e já se […]

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Ataque Cibernético à Sonangol

A Sonangol disponibiliza 1,2 mil milhões de dólares para o aumento de capital de um banco praticamente falido. Em 2014 já havia comprometido 600 milhões de dólares no aumento de capital da mesma instituição financeira, o Banco Económico. Entretanto, o Grupo Sonangol esteve à beira de um colapso total, após um ataque cibernético interno, porque há mais de um ano que não paga a licença de antivírus, no valor de 200 mil dólares, entre outros absurdos. O Maka Angola tem estado a investigar o ataque cibernético à Sonangol, ocorrido a 5 de Junho passado, e apresenta um quadro sombrio da gestão de lesa-pátria do seu Conselho de Administração (CA), actualmente presidido por Sebastião Pai Querido Martins.  “A Sonangol funcionava há mais de um ano sem um antivírus na sua rede de computadores, porque o CA não autorizava o pagamento de renovação da licença de uso do McAfee, que são menos […]

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