Escola Portuguesa do Racismo

Vimos uma recente gravação em vídeo de uma reunião de pais com responsáveis da Escola Portuguesa de Luanda. Durante a reunião, uma mãe dirige-se aos responsáveis da Escola e queixa-se da falta de professores portugueses. Segundo ela, angolanos disponíveis haverá sempre muitos, mas os pais e a escola querem professores portugueses, por se tratar de uma escola portuguesa. Fica-se com a suspeita de que a política de recrutamento da escola consiste em contratar apenas professores portugueses, excluindo os angolanos. Uma espécie de foro privado luso na Angola moderna. Sejamos angolanos ou portugueses, não podemos deixar passar em branco esta manifestação absurda de racismo. Há que condená-la e exigir aos governos angolano e português que supervisionem as regras de contratação desta escola e tomem as eventuais medidas necessárias. O discurso da mãe da Escola Portuguesa tem implícito o seguinte raciocínio simples: os professores portugueses são bons, os professores angolanos são maus, […]

Read more

Odebrecht: o amigo de JES que nos ensinou a usar a sanita

O recente depoimento à Procuradoria-Geral da República Federativa do Brasil de Emílio Odebrecht, patrono e antigo presidente da multinacional brasileira Odebrecht, contém revelações importantes: por exemplo, como esta multinacional ensinou os angolanos a usarem a sanita. “Para ter uma ideia, nós não tínhamos condições de ficar em residências, a não ser com uma reforma total, porque eles pegavam a privada e botavam flores, não usavam a privada, então a finalidade da privada era para servir de vaso”, afirmou Emílio Odebrecht. Ora, quando a Odebrecht veio para Angola, certamente não alugava casas nos musseques, onde, a bem da verdade, muitas residências precárias, de autoconstrução, não tinham sanitas nas casas de banho, mas sim buracos no chão. A Odebrecht alugava em áreas urbanas, onde residia e reside a elite do MPLA. Esta menção de um certo “romantismo” da classe média e dirigente do MPLA que, segundo Emílio Odebrecht, usava as sanitas como […]

Read more

Racismo e Más Condições Laborais na Multichoice Angola

Os trabalhadores da Multichoice Angola Divisão (MAD) acusam a direcção de racismo e alegam existir maus tratos e péssimas condições de trabalho. Por seu turno, David Russell, director-geral da MAD, nega as acusações.   São cerca de 300 os trabalhadores de nacionalidade angolana que se queixam de maus tratos e falta de condições laborais por parte da distribuidora de televisão por satélite que opera no país há já 15 anos. Segundo vários testemunhos, os actos de racismo são praticados não só por colaboradores directos de David Russell, como também pelo próprio director.   “Em alguns momentos, já ouvimos o director afirmar que se pudesse colocaria todos os trabalhadores angolanos a limpar o posto de trabalho no final do expediente”, denunciaram.   Outro acto que denota racismo por parte de David Russell, na opinião dos queixosos, é o facto de este ter preenchido os cargos de direcção maioritariamente com trabalhadores estrangeiros, […]

Read more