Invasão de Terras em Viana

No distrito urbano do Kikuxi, em Luanda, a invasão de terras transformou-se numa actividade bastante lucrativa de crime organizado, com o envolvimento de muitos agentes do Estado, conforme denuncia o administrador municipal de Viana, Fernando Eduardo Manuel. Este afirma o seu compromisso em combater o crime organizado, mas queixa-se da falta de colaboração de outras entidades de direito. Segundo Fernando Eduardo Manuel, existe “falta de firmeza e determinação no combate a estas práticas” por parte de membros doComando Municipal de Viana, da Polícia Nacional e da Procuradoria-Geral da República, o que, no seu entender, tem sido um “calcanhar de Aquiles” no esforço para pôr cobro ao esbulho de terras na sua área de jurisdição. Fonte judicial garante que há também juízes envolvidos no processo de esbulho de terras. Estes casos vão com frequência parar às mãos dos mesmos juízes, com os mesmos advogados, e as sentenças desfavoráveis aos invasores das […]

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Polícia Nacional Tortura Cidadãos Até à Morte

Os crimes cometidos pela Polícia Nacional no passado dia 31 de Agosto atingiram níveis máximos de crueldade, mesmo para os padrões da violência policial em Angola. Na 8ª Esquadra, no Rangel, três cidadãos foram barbaramente torturados até à morte. É um facto inegável: a execução sumária de cidadãos pela Polícia Nacional tornou-se prática oficiosamente institucionalizada em Angola. Uma das vítimas — José Padrão Loureiro, 40 anos — foi enterrada no domingo pela família. Os seus entes queridos denunciam as condições em que encontraram a vítima. A irmã, Eurídice Padrão Morais de Brito, médica, assistiu à autópsia: “O que nos chocou foi a forma como o torturaram. A própria médica legista ficou chocada e disse que nem um animal se abatia daquela forma. O meu irmão teve três fracturas no crânio, tinha o corpo todo machucado, os braços virados, de partidos que estavam, e as coxas pareciam queimadas, tal eram os […]

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Agente da Polícia Económica Mata Cidadão da Guiné-Conacry

Uma discussão sobre a fiabilidade de uma balança, na cantina do cidadão da Guiné-Conacry, Ali Sow, resultou na morte, a tiro, do seu concidadão Salio Bary, de 30 anos. O caso ocorreu perto das 11h00, quando agentes da Polícia Económica inspeccionavam o estabelecimento comercial no bairro Zango III, no município de Viana, em Luanda. “Encontraram-me na cantina e disseram que eram fiscais. Verificaram a minha balança e disseram-me que eu tinha falsificado o peso real. Eu expliquei que não e começámos a conversar”, explicou Ali Sow que, com o seu amigo, se preparavam para ir à mesquita para as orações de Sexta-Feira. O comerciante disse ainda ter solicitado aos supostos fiscais que lhe apresentassem documentos para confirmar a sua autoridade, uma vez que trajavam à civil e sem qualquer elemento de identificação institucional. Segundo o comerciante, um dos dois agentes que entraram na cantina sacou da pistola para pôr termo […]

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