Nome de Nito Alves: O Novo Alvo da Acusação Política de Golpe de Estado

Fernando Baptista foi hoje ouvido de manhã pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) sobre o ensino primário do seu filho, o preso político Manuel Baptista Chivonde Nito Alves, de 19 anos, bem como sobre o seu apelido. “Fui interrogado pelo especialista Pedro João, na presença do superintendente Fernando Recheado. Queriam saber a origem do nome de Nito Alves, onde ele estudou deste a pré-classe até terminar o ensino primário”, disse o pai ao Maka Angola. Segundo Fernando Baptista, o interrogatório teve a duração de uma hora e “baseou-se apenas na questão do nome e onde o miúdo fez o ensino primário”. “O especialista João Pedro perguntou-me também se somos da família do comandante Nito Alves e respondi que não”, disse o pai. O lendário comandante Alves Bernardo Baptista “Nito Alves”, foi fuzilado em Junho de 1977, após o massacre de milhares de cidadãos, pelas forças leais ao então presidente Agostinho […]

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Mavungo: Candidato a 12 Anos Prisioneiro

No passado dia 28 de Agosto, o procurador António Nito requereu ao Tribunal Provincial de Cabinda a condenação a 12 anos de prisão do activista dos direitos humanos José Marcos Mavungo. Mavungo é acusado de incitação à rebelião, sendo 12 anos de prisão a pena máxima admitida para este crime. A leitura da sentença foi agendada para dia 16 de Setembro. Mavungo foi detido ao sair da missa, na manhã de 14 de Março, sem que para tal lhe tivesse sido apresentado um mandato judicial. O protesto que o activista estava a organizar – contra a má-governação e as violações de direitos humanos em Cabinda – foi proibido pelo governo e não chegou a acontecer. Durante os três dias de interrogatório a que José Mavungo foi submetido não se produziu nenhuma prova de que tivesse cometido algum crime. Durante o julgamento, tornou-se de todo em todo evidente a forma como […]

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Esposas e Irmãs dos Presos Políticos Oferecem Flores aos Polícias

“Vocês não podem fazer uma aglomeração deste género, mesmo de duas pessoas. Estão expressamente proibidos”, disse o oficial da polícia, exigindo a dispersão de cinco mulheres que conversavam com dois jornalistas e um político junto à paragem de autocarro, a mais de 200 metros do Largo da Independência, em Luanda. Minutos antes, o mesmo oficial e os seus agentes encarregaram-se de expulsar Elsa Caholo (Irmã de Osvaldo Caholo), Esperança Gonga (esposa de Domingos da Cruz), Lídia Kivuvu (irmã de Arante Kivuvu), Marcelina de Brito (irmã de Inocêncio de Brito) e Henriqueta Diogo (esposa de Benedito Jeremias) do banco da paragem de autocarro onde se encontravam sentadas, à espera. Tratava-se de inviabilizar a manifestação convocada pelas mães, esposas e irmãs dos 15 presos políticos, acusados de preparação de um golpe de Estado contra o presidente José Eduardo dos Santos, que celebra hoje o seu 73º aniversário. Estranhamente, outras pessoas tinham permissão […]

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Presidente Celebra Aniversário com Demonstração de Força nas Ruas

A Unidade de Guarda Presidencial (UGP), fortemente armada e, inusitadamente, com capacetes camuflados de guerra, está nas ruas de Luanda para a celebração, hoje, do 73.º aniversário do presidente da República, José Eduardo dos Santos. Muitos dos soldados exibem lança-rockets RPG-7. Porque é que uma república celebra o aniversário do seu presidente? E porque é que se celebra um aniversário presidencial de forma tão militarizada? Ora, acontece que para hoje, dia de celebração, está também marcada uma manifestação popular. As mães, esposas e irmãs dos 15 presos políticos saem à rua para mostrar o seu desagrado e o seu desgosto. Será que a militarização do aniversário de Zedú reflecte medo governamental? Medo destas mulheres, que tiveram a ousadia de marcar uma manifestação para o dia de hoje? Ou será medo do povo? Afinal, quem tem medo de quem? Hoje não há bolos para o povo. Só mesmo exibição de força […]

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Governador de Luanda Viola a Constituição ao Proibir Manifestação

Face aos dados neste momento disponíveis, torna-se necessário esclarecer o seguinte sobre a proibição da Manifestação das Mães dos Presos Políticos prevista para o próximo dia 28 de Agosto, pelo governador provincial de Luanda, o jurista Graciano Domingos: 1 – A Constituição angolana garante o direito de manifestação no seu Artigo 47.º. Aí se afirma liminarmente que este direito não carece de qualquer espécie de autorização para ser exercido; necessita tão-somente de uma comunicação. 2 – Assim, um primeiro ponto: as autoridades não podem, de forma alguma, proibir manifestações. A comunicação que lhes é feita serve apenas para efeitos de orientação do trânsito, conhecimento dos percursos e tomada de medidas administrativas para a manutenção da ordem pública. Não existe qualquer poder público discricionário que possa ou não autorizar a manifestação. 3 – Um segundo ponto refere que a lei regula o exercício desse direito. Ora, regular é orientar, e não […]

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Destemidos: Familiares de Presos Políticos Mantêm Manifestação

As mães, esposas e irmãs dos 15 presos políticos recorreram hoje da decisão do governador de Luanda, Graciano Domingos, que proibiu a marcha organizada para o dia 28 de Agosto, e prometem sair à rua. “Nós não vamos ficar sentadas à espera [pela libertação] dos nossos filhos. Vamos sair mesmo à rua. É nosso direito”, afirmou Adália Chivonde, mãe de Nito Alves e uma das peticionistas. “A polícia pode espancar-nos e atirar os cães contra nós, as mães. Na marcha do dia 8 de Agosto, a polícia partiu-me um dedo do pé, desta vez pode partir a minha perna, mas a marcha vai sair”, desafiou. Na nova petição, recebida hoje pelo gabinete do governador, as promotoras da marcha comunicaram a decisão de “realizar a referida manifestação no dia 28 de Agosto próximo às 15h00, no Largo 1º de Maio [Largo da Independência] mas sem desfile nem cortejo”. Na sua ordem […]

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Falsas Acusações de Rebelião Levam Activista a Julgamento

José Marcos Mavungo foi detido sem mandado de captura quando saía da missa na manhã de 14 de Março. Cinco meses depois, o activista dos direitos humanos, 57 anos, permanece preso em Cabinda. O seu julgamento – pela acusação de rebelião – tem início agendado para 25 de Agosto. Devido aos problemas cardíacos de que sofre, a detenção constitui uma séria ameaça para a saúde de José Mavungo. Para o exacto dia da sua detenção, Mavungo organizara um protesto contra a má governação e as violações de direitos humanos, que foi proibido pelo governo e não teve lugar. Arão Bula Tempo, advogado de direitos humanos, foi detido no mesmo dia que Mavungo. É acusado de “colaboração com estrangeiros no sentido de condicionar o estado Angolano” em alegada ligação ao referido protesto. Apesar de ainda não ter recebido qualquer acusação formal, está proibido de sair da província, de recorrer a tratamento […]

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GPL Proíbe Nova Manifestação das Mães dos Presos Políticos

O Governo Provincial de Luanda (GPL) proibiu hoje a realização da manifestação das mães, irmãs e esposas dos 15 presos políticos, marcada para o próximo dia 28 de Agosto. Em menos de 24 horas, as autoridades provinciais responderam à petição endereçada ontem. “O governador provincial de Luanda notifica os subscritores da sua decisão de proibir a realização da manifestação”, escreveu a vice-governadora Jovelina Imperial, na ausência do governador Graciano Domingos. Para justificar a sua decisão, o governo provincial explica antes que, “por força do Artigo 47.º da Constituição da República de Angola, é garantida a todos os cidadãos a liberdade de reunião e de manifestação pacífica, desde que as autoridades competentes sejam previamente comunicadas nos termos e para os efeitos estabelecidos na lei”. Segundo o despacho assinado pela vice-governadora Jovelina Imperial, “a própria lei estabelece no seu Artigo 5.º limitações ao exercício do direito de reunião e manifestação, em função […]

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