Ministério da Energia e Águas Confirma Investigação do Maka Angola

Declaração do Ministério da Energia e Águas

Na sequência do artigo publicado no site Maka Angola no dia 29 de Novembro, com o título “As Turbinas Que Viveram Duas Vezes”, o  Ministério da Energia e Águas de Angola (MINEA) confirma oficialmente que todos os contratos celebrados com a empresa AEnergia, S.A. (AE) foram rescindidos após a verificação, através de factos irrefutáveis, de práticas irregulares por parte desta empresa, com o objectivo de lesar o Estado Angolano.

O MINEA nunca autorizou quaisquer pagamentos fora do âmbito dos contratos por si celebrados, tendo sido precisamente a identificação de pagamentos irregulares, com base na falsificação de documentos oficiais do Estado por parte de terceiros, com o intuito de utilização indevida do financiamento em benefício próprio, que conduziu, inevitavelmente, à rescisão dos contratos com a referida empresa, detida pelo cidadão português Ricardo Leitão Machado. Note-se que a AEnergy é também, desde Janeiro de 2018, accionista do Afreximbank (African Import-Export Bank), cuja “missão” é ser o banco de financiamento comercial em África.

O MINEA remete qualquer posição formal e institucional para as instâncias judiciais, para onde já participou, com todas as evidências, o devido caso.

É importante relembrar como estava montada a artimanha para vender ao Estado angolano as mesmas quatro turbinas por duas vezes por 120 milhões de dólares.

Angola obteve da GE Capital (o braço financeiro da General Electric) um financiamento global de 1,1 mil milhões de dólares. Este empréstimo iria sendo usado em parcelas para pagar vários contratos individuais diferentes entre Angola e a AEnergia, SA. O que se passou é que as quatro turbinas foram incluídas num contrato inicial sem o conhecimento oficial do Ministério da Energia e Águas de Angola, que as pagou. Mais tarde, o Ministério preparava-se para comprar essas mesmas turbinas através de um novo contrato com a AEnergia, e tal só não aconteceu porque a própria General Electric alertou o governo para o facto de as turbinas já estarem pagas e serem propriedade do Estado, e não da AEnergia, como esta queria fazer crer.

É evidente que, face ao exposto, só resta aguardar pelo funcionamento rápido e eficiente dos tribunais, esperando que a justiça seja feita.

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